quarta-feira, 14 de setembro de 2011

É PIC, É PIC, É PIC, É PIC, É PIC!




Para quem não sabe ainda...dia 10 de outubro é meu aniversário, dos meus queridos amigos Marcelo, Bárbara e outros tantos por aí afora!

E por falar em aniversário, outro dia escutei numa conversa no ensaio do CoralUSPXI de Agosto, o coral da Faculdade do Largo São Francisco, que sou contralto, a origem canto do "pic-pic", que cantamos ao fim do Parabéns à você, versão brasileira da famosa melodia do Happy Birthday. E logo depois vem: E para o fulano, nada! Tudo! E então como é que é? É! Segue-se o conhecido é pic, é pic, é pic, é pic, é, pic! É hora, é hora, é hora, é hora, é hora! Rá, tim, bum! (Fulano soltou pum!) Fulano, Fulano, Fulano!

Engraçado, Pic-pic era o apelido de um dos líderes estudantis da época, estamos falando de 1920, o moço Ubirajara Martins de Souza, que se formou em 1927, era uma figura bastante conhecida entre seus colegas, ele tinha uma barba e um bigodinho com pontinhas espetadas. Vaidoso, aparava sempre o bigodinho com uma tesourinha que ecoava um pic, pic, pic, pic. Por isso seu apelido Pic-pic. E quando ele aparecia, era saudado com um entusiasmada: É o Pic-pic, é o Pic-pic!

Naquela época já existia o ponto de encontro dos estudantes em bar e eles se reuniam no Ponto Chic que funciona até hoje no Largo do Paissandu. Todos consumiam cervejas geladas e como ainda não tinha essas geladeiras que gelam cerveja em menos de 1 minutos, tinha-se que aguardar em média meia hora e quando estava chegando o momento da cerveja ser servida, os estudantes ficavam alvoroçados e punham-se a cantar em coro, clamando de modo desesperado pelas cervejas geladas: meia hora, meia hora, é hora, é hora, é hora!

Por fim, ainda naquele período, a faculdade recebeu a visita de um ilustre rajá indiano, chamado Timbum. O acontecimento inusitado aliado á sonoridade do nome deu chance aos alunos incorporarem um novo grito de guerra: Ra-já-Tim-bum!

Diz-se que naquela época os estudantes do Largo São Francisco eram figuras bastante conhecidas e solicitadas para festas na sociedade paulistana, os pais ficavam de olho nos partidões da época para suas filhas. E aí aos poucos, o canto do pic-pic foi-se difundindo pelas festas de aniversário, mesmos sem os estudantes, até os dias de hoje.


Boa esta história, não???