segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

ANO OU MUNDO NOVO?!?!?!






Hahaha. 
Já que o ano não acabou, também não vou terminar o ano como meu último texto. Não é esse o tema esperado para 2013! 2012 já está com suas horas contadas, até a São Silvestre já tem vencedor. Vou iniciar 2013 mandando um recado para a tristeza. Tristêêza, por favor, vá embóóra, minha alma aqui chóóra, está vendo o meu fim...Fez do meu coração a sua moradia...já é demais o meu penar...quero voltar aquela vida de alegria...quero de novo cantar...Lalaiala...lalalaia....laiala...laialaia, laiala, quero cantar em 2013..., quero andar de bicicleta em 2013..., quero encontrar meus queridos amigos em 2013..., quero correr em 2013..., quero ter esperança em 2013..., esperança de que realizações, de que saúde, de que alegria, de que o dinheiro, de que a paz, de que o amor, de que a segurança, de que a felicidade, de que o nascer do sol, de que as loucuras, de que chorar, de que o por do sol, de que a natureza, de que um sorriso, de que o que é pra ser meu, ninguém tira, de que chorar, de que a educação, de que as relações sociais e sexuais, de que a família, de que o respeito, de que a gentileza, de que sonhar, de que dançar, de que viver, de que o sucesso, de que as amizades, de que a confiança, de que a paixão, de que a sorte, de que a verdade, de que banho de mar, de que a primavera, de que o destino, de que chocolate, de que gritar, de que banho de chuva, de que acordar, de que perder, de que a música, de que brincar, de que ganhar, de que banho de cachoeira, de que mais 5 minutinhos, de que a simplicidade, de que o princípio de honestidade façam parte da complexidade da vida.

FELIZ 2013!!!!

domingo, 21 de outubro de 2012

HOMEM DO CAMPO E DA CIDADE



Homem da cidade que amava estar no campo, com sua bota de sete léguas e seu facão, andava pelo pomar e falava com toda a gente da fazenda e da cidade. Essa prosa vai deixar saudade no coração dos que o conheceram, homem de boa prosa como ele, hoje já não é mais certeiro!

Quando estava na fazendo, todos lhe telefonavam e apareciam para um café, pois sabiam que com o Zé podiam falar o que quiser, dúvidas e até sugestões sobre peões e plantações.

Dono de um largo sorriso, sem precisar se esforçar, mas, quando alguém precisava de um "puxão de oreia" o Zé dava sem hesitar.

Hoje ele se foi, muito sereno na partida, mas, meu querido Zé tenha em mente que essa não foi uma despedida.

Sei que onde você estiver, esteja certo de uma coisa... Minha gratidão será eterna por todo o tempo de convivência, pela sua amizade sincera, proveitosa e prazerosa.

Compartilho com todos, estes versos, que por anos escutei da boca do Zé Marido, Pai, Avô, Tio, Padrinho, Irmão e meu Sogro querido!

"Escuta meu bom amigo
a história que vou contá
Isso tudo aconteceu
lá pras banda de Guará
envolvendo uma família
que deu muito o que falá

Chico Vieira e famiage
morava lá no sertão
tinha uma roça, um gadinho
tinha um cavalo alazão
nunca faltava um porquinho
nas festanças do ano bom

Do córrego manso e branquinho
sem nenhuma poluição,
vinha a água do corete
da cozinha e criação
vinha também uns peixinhos
pra ajudar na refeição

Mas um dia
a sorte sempre arredia
bafejou Chico Vieira
trazendo grande alegria
pois na loteca esportiva
treze pontos ele fazia

A alegria foi tão grande
que Chico Vieira endoidou
era tanta dinheirama
que ele nem acreditou
sem pensar na família
pra cidade se mandou

Siá Maria a mulher dele
comprimindo o coração
consolava os oito filhos
sem muita lamentação
e esperava sua volta
com o olho no estradão

Na tapera tão alegre
tudo se modificou
Siá Maria abandonada
sempre, sempre acreditou
que um dia ele voltaria
e com paciência esperou

E os anos foram passando
sem o Chico regressar
os cobres foram acabando
mas não acabava o folgar
a que ele se entregava
até o sol raiar

Sem dinheiro e sem amigo
sem alegria e sem fé
da cidade, um belo dia
ele foi dando no pé
sentiu a dor da saudade
do seu rancho de sapé

Siá Maria acocorada
medindo o quanto chorou
ouviu batida na porta
e nem se sobressaltou
falou olhando para os filhos:
"_Abre a porta; o pai chegou!"


terça-feira, 11 de setembro de 2012

O FILHO BASTARDO!




Eu e vários amigos estamos sem entender o fenômeno " Russomano". Quando li e reli a coluna do Professor Vladimir Safatle, achei o entendimento que precisava. É este texto que reproduzo aqui. Boa leitura!

" O fenômeno Celso Russomanno poderia ser colocado na conta da inquebrantável tradição do populismo conservador paulistano. Tradição que já deu para a cidade prefeitos como: Adhemar de Barros, Jânio Quadros e Paulo Maluf (com suas emulações tecnocratas, Pitta e Kassab). Políticos conservadores que, cada um à sua maneira, encontraram alguma forma de se colocar como caixa de ressonância dos medos populares.
No entanto é provável que seja necessária uma variável a mais para compreendermos um fenômeno eleitoral sobre o qual todos, até agora, quiseram acreditar que era transitório. Pois se há algo em Russomanno que nos remete necessariamente aos arcaísmos de São Paulo, há algo que deve ser compreendido em outra chave. Na verdade, ele é expressão mais bem acabada de um certo conservadorismo pós-lulista ou, se quisermos, um conservadorismo que aparece como filho bastardo do lulismo.
Entre outras características, o lulismo definiu-se pela aliança política de setores da esquerda brasileira e alas de políticos conservadores à procura de sobrevida ou em rota de colisão com a hegemonia PSDB-DEM.
Tal aliança permitiu, por um lado, a constituição de um sistema de seguridade social de extensão até então inédita no Brasil. Por outro, ela consolidou a ascensão econômica de largas parcelas da população brasileira através, principalmente, da ampliação das possibilidades de consumo.
Note-se que tal ascensão econômica, com seu consequente sentimento de cidadania conquistada, não passou pelo acesso a serviços sociais ampliados e consolidados em sua qualidade. Afora a importante expansão das universidades federais, ascensão significou: poder pagar escola privada, plano de saúde privado, celular, eletrodomésticos e frequentar universidade privada. Ou seja, os direitos da cidadania foram traduzidos em direitos do consumidor.
Neste contexto, nada mais compreensível que um pretenso "patrulheiro do consumidor" apareça como representante dos anseios desta nova classe média. Para quem alcançou a cidadania através do consumo (animado por uma igreja que é a representante maior da teologia da prosperidade), a defesa dos direitos segue a lógica do Procon.
Por outro lado, como parlamentar de partidos da base aliada, Russomanno não precisa carregar o peso morto de ser um candidato anti-Lula: o calcanhar de aquiles da política brasileira. De toda forma, como o lulismo foi o resultado de acordos políticos heteróclitos, nenhum basteamento ideológico foi possível. Sempre houve um conservadorismo que cresceu sob as asas do novo governo. Agora, ele se apresenta em voo próprio, como um filho bastardo do lulismo com o populismo conservador.
VLADIMIR SAFATLE escreve às terças-feiras nesta coluna."
Vladimir Safatle
Vladimir Safatle é professor livre-docente do Departamento de filosofia da USP (Universidade de São Paulo). Escreve às terças na Página A2 da versão impressa na Folha de São Paulo.

terça-feira, 17 de julho de 2012

O RESULTADO DO GOVERNO LULA...





Ontem começou em casa uma nova trabalhadora, que mora em São Miguel Paulista, quando perguntei para ela quanto tempo ela levou para chegar na minha casa, ela me respondeu " 2 h30 ".
Aí me veio a cabeça a análise muito bem feita do estudante Leandro Machado, estudante de letras da Universidade Federal de São Paulo, classe C!

Fico pensando, será que o governo Lula, foi tão bom mesmo??? O que será melhor para o trabalhador??? Transporte? Trabalho? Educação? Saúde? Segurança?

Quem poderá me responder???


LEANDRO MACHADO
De repente, classe C
Sou ex-pobre. Todos querem me vender geladeira agora. O trem ainda quebra todo dia, o bairro alaga. Mas na TV até trocaram um jornalista para me agradar
Eu me considerava um rapaz razoavelmente feliz até descobrir que não sou mais pobre e que agora faço parte da classe C.
Com a informação, percebi aos poucos que eu e minha nova classe somos as celebridades do momento. Todo mundo fala de nós e, claro, quer nos atingir de alguma forma.
Há empresas, publicações, planos de marketing e institutos de pesquisa exclusivamente dedicados a investigar as minhas preferências: se gosto de azul ou vermelho, batata ou tomate e se meus filmes favoritos são do Van Damme ou do Steven Seagal.
(Aliás, filmes dublados, por favor! Afinal, eu, como todos os membros da classe C, aparentemente tenho sérias dificuldades para ler com rapidez essas malditas legendas.)
A televisão também estudou minha nova classe e, por isso, mudou seus planos: além do aumento dos programas que relatam crimes bizarros (supostamente gosto disso), as telenovelas agora têm empregadas domésticas como protagonistas, cabeleireiras como musas e até mesmo personagens ricos que moram em bairros mais ou menos como o meu.
A diferença é que nesses bairros, os da novela, não há ônibus que demoram duas horas para passar nem buracos na rua.
Um telejornal famoso até trocou seu antigo apresentador, um homem fino e especialista em vinhos, por um âncora, digamos, mais povão, do tipo que fala alto e gosta de samba. Um sujeito mais parecido comigo, talvez. Deve estar lá para chamar a minha atenção com mais facilidade.
As empresas viram a luz em cima da minha cabeça e decidiram que minha classe é seu novo alvo de consumo. Antes, quando eu era pobre, de certo modo não existia para elas. Quer dizer, talvez existisse, mas não tinha nome nem capital razoável.
De modo que agora elas querem me vender carros, geladeiras de inox, engenhocas eletrônicas, planos de saúde e TV por assinatura. Tudo em parcelas a perder de vista e com redução do IPI.
E as universidades privadas, então, pipocam por São Paulo. Os cursos custam R$ 200 reais ao mês, e isso se eu não quiser pagar menos, estudando à distância.
Assim como toda pasta de dente é a mais recomendada entre os dentistas, essas universidades estão sempre entre as mais indicadas pelo Ministério da Educação, como elas mesmas alardeiam. Se é verdade ou não, quem pode saber?
E se eu não acreditar na educação privada, posso tentar uma universidade pública, evidentemente. Foi o que fiz: passei numa federal, fiz a matrícula e agora estou em greve porque o campus cai aos pedaços. Não tenho nem sala de aula.
Não que eu não esteja feliz com meu novo status de consumidor, não deve ser isso. (Agora mesmo escrevo em um notebook, minha TV tem cem canais de esporte e minha mãe prepara a comida num fogão novo; se isso não for felicidade, do que se trata, então?)
O problema é que me esforço, juro, mas o ceticismo ainda é minha perdição: levo 2h30 para chegar ao trabalho porque o trem quebra todos os dias, meu plano de saúde não cobre minha doença no intestino e morro de medo das enchentes do bairro.
Ou seja, ao mesmo tempo em que todos querem me atingir por meu razoável poder de consumo, passo por perrengues do século passado. Eu e mais de 30 milhões de pessoas -não somos pobres, mas classe C.
Deixa eu terminar por aqui o texto, porque daqui a pouco vão me chamar de chato ou, pior, de comunista. Logo eu, que só li Marx na versão resumida em quadrinhos. Fazer o quê, se eu gosto é de autoajuda?
Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.debates@uol.com.br
LEANDRO MACHADO, 23, é estudante de letras na Universidade Federal de São Paulo, mora em Ferraz de Vasconcelos (SP) e escreve no blog Mural, da Folha

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/54594-de-repente-classe-c.shtml

sexta-feira, 13 de julho de 2012

EU BEBI SIM!!!





Só quem bebeu como bebi, vai entender a coluna que reproduzo na íntegra. O assunto também é para pais, filhos, maridos, mulheres, amigos, companheiros e conhecidos de alcoólatras.

Boa leitura!


" BARBARA GANCIA
Um convite a Contardo Calligaris

Alguém consegue explicar a má vontade dos médicos tapuias em relação aos Alcoólicos Anônimos?

A COLUNA do Contardo Calligaris de ontem, que menciona seu amigo alcoólatra esti­mulado a voltar a beber pela mulher foi um clássico. Um clássico equívoco a ser evitado.
Costumo ler o Contardo de joe­lhos. Mas não ontem. Ali ele trivia­lizou um assunto que não só conhe­ço bem, como sou testemunha diá­ria dos efeitos devastadores que produz, inclusive pela negligência com que é tratado. Não dá para en­tender a má vontade dos profissio­nais do país com os Alcoólicos Anô­nimos, uma irmandade reconheci­da no mundo todo pelos excelentes serviços que presta.
O texto de Calligaris me remeteu ao hepatologista de Tarso de Cas­tro, que chegou ao cúmulo de libe­rar o jornalista, dependente, para tomar uma taça de vinho ao dia.
Não sou especialista, apenas al­guém que padece de uma doença que a Organização Mundial da Saú­de define como "incurável, pro­gressiva e mortal". E posso atestar que o texto serviu de luva para rea­firmar o propósito de que proble­mas relativos ao álcool devem ser tratados dentro da sala dos Alcoóli­cos Anônimos, bem longe do divã do psicanalista.
Veja. Quem conhece minima­mente os 12 Passos dos AA sabe que o programa não oferece garantias. Mas, a dada altura, por negligência ou mero infortúnio, Contardo diz o seguinte: "O homem frequentou os AA e deu certo". Ora, para nós, membros dos AA, ao contrário, o programa funciona, se muito, "só por hoje", nunca "dá certo", inexis­te esse conceito. Eu posso voltar à ativa daqui a 20 minutos, corro esse risco, é da natureza da doença.
Um dos maiores predicados dos AA, inclusive, é esse. O de me colo­car o tempo todo no presente para que eu consiga reduzir a angústia que a lembrança do passado me traz e diminuir a ansiedade que o peso do futuro pode vir a me causar.
Mas de que importa a filosofia dos AA? Bom mesmo é teorizar, não é para isso que serve psiquiatra? Cal­ligaris menciona ainda que, acon­selhado pelo seu grupo, o su­jeito passou por uma "internação de um ano". De onde tirou um ab­surdo desses, só Deus sabe. Inter­nação longa nos AA? Em 20 anos de Alcoólicos Anônimos nunca vi essa picaretagem. Aliás, é cada vez mais comum no país a prática criminosa da internação longa que isola o de­pendente da família e coloca o mé­dico como intermediário todo-po­deroso, sem que ninguém fiscalize.
Adoro ler o Contardo, ele me ex­plica muitas coisas. Mas não me ex­plica tudo. A psicanálise é aleijada da dimensão espiritual, um cami­nho muito indicado, senão impres­cindível, para alguém como eu, que produz pouca endorfina, dopami­na e outros opiatos naturais por conta dos anos que passei maman­do destilados. Jung já advertia so­bre isso a Bill e Bob, os dois sujeitos que fundaram os Alcoólicos Anôni­mos. Está documentado.
Fico me perguntando a quem Cal­ligaris refere os casos mais graves de dependência. Não gosto nem de pensar na resposta. Em todo caso, uma atividade não interfere na outra, não é mesmo? O colunista é um, o médico é outro. Vamos dei­xar assim.
E deixar também um convite para que o amigo Contardo venha assis­tir a qualquer próxima edição que eu for dar da palestra "Do Fundo da Garrafa ao Domínio da Minha Vi­da", em que conto um pouco sobre meu trágico envolvimento com o álcool e como consegui sair desse inferno. Quem sabe ele não se ani­ma a vir conhecer uma sala dos AA por dentro? Só por hoje. Funciona.
barbara@uol.com.br
@barbaragancia "


quinta-feira, 14 de junho de 2012

VOCÊ É UMA PESSOA QUE SE DISPUTA?






Minha gratidão eterna para quem souber me explicar qual a diferença entre uma prostituta que vende o corpo, que é de sua propriedade, para qualquer um, desde que paguem o que ela pede, e o Sr. Hussain Aref Saab, ex-diretor do setor de aprovação de prédios da prefeitura de São Paulo, que vende as licenças para construções irregulares que nem são dele. Na verdade, o Aref é um cara que se disputa, é disputado pelas construtoras, empreiteiras, imobiliárias, incorporadoras, enfim, quem pagar leva... Esse cara, o Aref, se disputa, a mulher que esquartejou o Yoki se diz puta, quem trabalha prestando serviços sexuais também se diz puta e outras tantas histórias que ouvimos sobre senadores, deputados, vereadores...é tanta gente que se diz puta, todos, sem exceção. Ainda não descobri quem se disputa mais, se as putas ou os governantes.

E você vai concordar, dileto leitor, que é na calada da noite, que a pessoa que se diz puta trabalha. As prostitutas, vereadores, deputados, senadores, governantes. E sabe porque??? Enquanto as putas, aquelas, ficam nas ruas e não tem vergonha de se exibir em sites e trabalham em plena luz do dia,
nossos governantes não querem que as pessoas ao seu redor saibam que ele é uma pessoa que se disputa. Isso mesmo... Como ninguém pensou nisso antes! Eu pensei agora, e digo mais, puta que se diz puta todo mundo quer tirar uma casquinha e quando a pessoa que se disputa passa nos lugares ainda é aplaudida. Agora, veja só as que estão desfilando na Câmara dos Deputados!!!! Todas "aplaudidíssimas", não é?

A vida de uma pessoa que se disputa é uma eterna negação - não sei, não vi, não conheço, não recebi, não matei, não roubei, não fui eu, não sabia, não peguei, não estava lá, essa cueca não é minha, essa vóz não é minha, essa mala não é minha, esse rosto não é meu, esse não sou eu....e por aí vai, haha.

Pois bem, digo isso porque quem está passando pelo fantasma da verticalização deve ter percebido que desde que o Aref começou a ser investigado, todas as obras estão paradas...Sei não, pode ser uma baita coincidência ou então estão esperando o samba popular passar, aí sim, cada paralelepido da velha cidade vai se arrepiar. O que será que nos aguarda???
" O que será que será, Que andam suspirando, Pelas alcovas?, Que andam sussurrando, Em versos e trovas?, Que andam combinando, No breu das tocas?, Que anda nas cabeças, Anda nas bocas?, Que andam acendendo, Velas nos becos?, Estão falando alto, Pelos botecos, E gritam nos mercados, Que com certeza, Está na natureza, Será, que será?, O que não tem certeza, Nem nunca terá!, O que não tem conserto, Nem nunca terá!, O que não tem tamanho..., O que será que Será?, Que vive nas idéias, Desses amantes, Que cantam os poetas, Mais delirantes, Que juram os profetas, Embriagados, Está na romaria, Dos mutilados, Está nas fantasias, Dos infelizes, Está no dia a dia, Das meretrizes, No plano dos bandidos, Dos desvalidos, Em todos os sentidos, Será? Que será?, O que não tem decência, Nem nunca terá!, O que não tem censura, Nem nunca terá!, O que não faz sentido..., O que será? Que será?, Que todos os avisos, Não vão evitar, Porque todos os risos, Vão desafiar, Porque todos os sinos, Irão repicar, Porque todos os hinos, Irão consagrar, E todos os meninos, Vão desembestar, E todos os destinos, Irão se encontrar, E mesmo padre eterno, Que nunca foi lá, Olhando aquele inferno, Vai abençoar!, O que não tem governo, Nem nunca terá!, O que não tem vergonha, Nem nunca terá!, O que não tem juízo..." - Chico Buarque

quarta-feira, 13 de junho de 2012

RESPEITO É BOM E TODOS NÓS GOSTAMOS!






O quê?!?!?

Transporte em São Paulo!!! Que loucura, como é que alguém pode aceitar passivamente o transporte de São Paulo??? Aliás, não só o transporte, a saúde, a educação, a segurança... Nossa como podemos aceitar o total desrespeito que o poder público nos trata????

Tenho 50 anos, e voto há 32 anos, sempre, sempre, em todas as eleições, o que escuto é " Sou o fulano de tal, você, caro eleitor votando em mim, vai ter um transporte, uma educação, uma saúde, segurança totalmente melhorados " Lembre-se no dia 15 de novembro, vote em quem luta por você Fulano de Tal!

E aí nós eleitores que somos, vamos lá e votamos no fulano, no cicrano ou até no beltrano. Aí, o que esse FDP faz??? Dá um pé na bunda da gente, uma banana e nós amargamos mais 4 anos com o transporte, segurança, saúde, educação. Sempre na espera e digo mais, quem aqui deixa de pagar os seus impostos, levanta a mão? E olha que de imposto somos campeões. E nem assim a coisa melhora!

Sabe porque digo isto, dileto leitor. Seguinte: ontem peguei o metrô no pior horário para um ser de vida e sabe o que aconteceu??? Nada, eu simplesmente não acreditei quando o trem parou na estação Sé, as pessoas entram como se fossem uma boiada, passando umas por cima das outras. É até compreensível...que queira voltar para casa, faculdade, bar, sei lá mais o que. Eu entendo, você trabalhou, teve um dia do cão, você tem o direito de ir para onde bem entender.

Agora, e o Governo, onde está este nosso funcionário, sim, nosso funcionário, pois quem paga o salários dos que estão no bem bão, somos nós cidadãos/ãs que pagamos nosso impostos e que por algum motivo não cobramos os nossos direitos.

Por isso nobre leitor, PENSE MUITO BEM ANTES DE SAIR DE CASA PARA COLOCAR O NÚMERO NA URNA DE ALGUM SALAFRÁRIO!!!

Por isso temos que respeitar para sermos respeitados!

quarta-feira, 11 de abril de 2012

" QUANTA " - CIÊNCIA DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS




Como alguns de vocês devem saber, estou envolvida na produção de um vídeo institucional sobre o IFUSP, Insituto de Física da USP! E tenho percebido a falta de informação do que é a Física. Sim Física no sentido amplo, total e irrestrito da palavra ou do significado. Podemos ampliar um pouco mais a curiosidade e falar de ciências que envolve, física, química, biologia. E aí....Tive uma grata surpresa, quando recebi o release da revista " Quanta", fui atrás e o que descobri é que a proposta da revista é falar diretamente ao professor que atua na Educação Básica nas áreas de ciências naturais, servindo como um material de referência alternativo, que colabore de forma complementar para a sua formação e o inspire para novas práticas didáticas. Sem, no entanto, investir na fórmula do receituário sobre o que e como trabalhar em classe, opção de resto já satisfeita por outros veículos." Quanta " fala de ciência respeitando o rigor conceitual necessário para entendê-la sem simplificações, mas quer, ao mesmo tempo, enfatizar a ciência como caminho do homem para viver melhor e compreender melhor o universo. Faz pontes entre as ciências naturais e a vida cotidiana, entre os conhecimentos da química, biologia e da física e aqueles das ciências humanas, integrando os campos. Olha para os fenômenos de forma interdisciplinar – ainda que identificando suas relações com cada uma das disciplinas. E também incorpora outros campos do saber indispensáveis ao conhecimento, como a geologia, a paleontologia, a geografia.Não é, assim, uma revista destinada ao conhecimento altamente especializado, à ciência de ponta que hoje se pratica em nichos que envolvem complexidades e técnicas dominadas apenas por pouquíssimos pesquisadores. Busca, ao contrário, uma visão mais global dos fenômenos, de forma a proporcionar um conhecimento tangível para o não especialista.E, por último, tem forte enfoque nos estudos e experiências brasileiros e internacionais voltados ao ensino de ciências, mostrando novas técnicas e recursos didáticos, práticas inovadoras, políticas públicas de sucesso, tendências, lugares e publicações voltados à divulgação científica, além de pesquisas e reportagens sobre os desafios cognitivos da contemporaneidade.Já estão na quarta edição e importante destacar, é que sua publicação é bimestral e uma das editoras é uma grande amiga Andréa Lima - uma pessoa totalmente voltada para comunicação estratégica sustentável e que gosta de passear com sua cachorra pelas ruas de Pinheiros!

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

O ANO COMEÇA SEMPRE DEPOIS DO CARNAVAL! QUE VENHA O ANO NOVO!

Voltou o ano e agora que o carnaval acabou...Bem, acabar ainda não acabou, vemos que Bahia, Recife e Rio de Janeiro, ainda tem um pouco de brasa para pegar fogo! Quem pulou, pulou, quem não pulou, pulasse! Eu não posso dizer que pulei, mas, tive a oportunidade de assistir ao desfile no Sambódromo, em São Paulo, no sábado - 18, desfile de primeira linha ou melhor, do primeiro grupo. E quem estiver pensando que fomos na arquibancada, engana-se. Fomos convidados pela prefeitura do município de São Paulo, de camarote...E que camarote, não pelas pessoas bonitas, na verdade, quase nenhuma, mas, sim pela infra. Logo quando recebemos o convite veio junto uma camiseta de malha de corrida, sim, dryfit azul. Aí também na sacola de papel (que reparei não era de papel reciclado), um crachá de estacionamento no Campo de Marte. Como diria uma amiga do Rio, chique do urrrtimo! Então você estaciona seu carro, orientado pelo manobrista e nem se preocupa em deixar a chave, ela vai junto com você, aí vai até o balcão do receptivo onde moças/moços sorridentes te colocam uma pulseirinha preta. Se quiser, entra numa fila enorme para customizar sua camiseta (eu que não sou boba, costumizei nada, vou usar a minha na academia), depois da pulseira entramos num ônibus bastante confortável com ar condicionado e seguimos para o Sambódromo e aí é que começa a festa....acesso livre a todos os departamentos do camarote, inclusive comidas japonesa, italiana, hamburguer, pizza, açaí, frutas, doces e salgadinhos, além de cerveja do patrocinador, que não vou falar porque ele não está pagando e caipirinhas. Tive a sensação de que todos ao meu redor eram penetras (convidados), digo porque ninguém tinha cara, jeito de quem estava ali para fazer negócios, inclusive eu. Na verdade tava todo mundo mais a fim de comer, ver e ser visto. Como o tal ditado, o que não tem remédio, remediado está! E de beleza mesmo, só as passistas com suas pernaltas de gazelas num sapato tão alto que eu parecia uma anã e também são muito bonitas, mais as mulheres, homens nem tanto. Será que é pelo corpo bem torneado? Não sei... Bom comemos, bebemos, vimos quatro escolas, parecia um mar colorido de gente que não acabava mais, entra e sai de escola, mais cores. Até que o cansaço bateu, mas, um cansaço tão grande que eu queria mais era ir embora, nada mais me contentava. Mas o melhor da festa foi quando a Mocidade Alegre, entrou na Avenida, do samba enredo (não lembro qual) só me lembro do refrão "Ojuobá no céu, os olhos do rei..." com a rainha da bateria subindo num andaime elétrico batendo um surdo, coisa impressionante, fiquei impressionada com a destreza e os outros atributos da bela da noite. Quando decidimos partir veio Águia de Ouro e pula, pula, pula, Caetano, Rita Lee, Gil, eu me senti o máximo quando o carro deles se aproximou e Caetano fez tchau, parecia que era para mim. Dali a pouco eu vejo um sambista num carro e achei ele parecido com algum conhecido, enfim, quase depois que o carro estava saindo da avenida me lembrei....era meu amigo Oswaldinho Santana, corri sambando para disfarçar e consegui que ele me visse. Foi muito bom. Aí fiquei mais um pouco, comemos e bebemos mais um pouco, olhamos mais ao redor e batemos em retirada, já sem tempo, afinal eram 5h00 da manhã, como aguentei ficar tanto tempo acordada? Não sei, só sei que vi a campeã desfilar e com certeza aquele que rasgou os envelopes da apuração também estava lá, afinal todos os que estavam com a camiseta azul, a pulseirinha preta tiveram livre acesso. Assim como ele conseguiu a pulserinha branca para a apuração, ele deve ter conseguido para os desfiles, não é difícil. Afinal...é Carnaval!

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

ADEUS COMILANÇA, VIVA A CORRIDA DE 2012!!!!




Adeus ano velho, feliz ano novo, que tudo se realize...no ano que acabou de nascer, muito dinheiro no bolso? Não no meu, até joguei na Mega Sena da virada, mas, continuo sem dinheiro no bolso..., agora a saúde...Essa sim, está em cima! KKKKKK

Hoje aprendi que o mais importante aos 50 anos é a saúde, pois com ela sim, você corre atrás do dinheiro, na verdade todo o dia é uma São Silvestre, você acorda, vai para o trabalho, corre o dia todo e volta para casa! Ufa! Conseguir sair de casa e voltar para casa sem ser assaltado, pego pela enxurrada, atropelado, vivo, é uma vitória! Essa é a verdadeira maratona da São Silvestre, correr atrás do nosso sustento!
Hoje estava na acupuntura e o comentário era de doenças e idade. Doença de quem tem cinquenta anos é pressão alta, diabetes, colesterol alto, para homens e mulheres, só para os homens é a perda de cabelo, perda do apetite sexual e o aumento da barriga, só para as mulheres é uso de óculos, climatério, pele flácida.
Enfim, quem tem ou está chegando nos cinquentinha tem suas queixas e há de concordar, que para manter a saúde em boas condições é um pouco trabalhoso, mas, saudável! Tenho um amigo que sempre diz, que a vida nos dá tantas coisas boas, mas, tem uma hora que ela te cobra e eu cheguei à conclusão que a fatura chega aos cinquenta! Depois dos cinquenta, dependendo de quantos anos você viver, sem algumas das doenças da idade, o famoso número cinquenta, vai descobrir que está no lucro!

Então, vamos aproveitar e voltar para as caminhadas matinais, atividades físicas, natação, futebol, coral e tudo o mais que nos dá prazer, já que finalmente a comilança acabou!

Um ótimo 2012, para mim, para você e para nós!